Leio uma notícia no jornal
Expresso. Coisa pequena, um pequeno quadrado no topo de uma página, à direita,
numa secção a que o próprio jornal chama «Breves». Ouvi a mesma notícia na
rádio. «UKIP entra no Parlamento». É
este o título. Vem-nos dizer, um pouco como acontece em quase toda a Europa,
que o racismo e a xenofobia estão de volta ao parlamento inglês. O eurofóbico
UKIP (partido da extrema direita britânica) conseguiu eleger um deputado. O
problema, não é a eurofobia, disso deve estar o parlamento inglês cheio, é o
que esta ideia traz à sua retaguarda: um conjunto claro de ideias racistas em
que o outro é sempre o estranho a evitar. Começa por quem não faz parte do seu
credo e raça e alarga-se depois aos seus vizinhos. E o UKIP já começou, pedindo
que sejam proibidas de entrar no Reino Unido pessoas com VIH. Nós sabemos que a
doença invocada é apenas o brilho das facas que, para já, não querem exibir.
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Abra de alguma lucidez audível / o que nem sabe-se por palavras nem / na música caminha, nem o silêncio anuncia-o [...] (J.O.Travanca Rego)
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